Inarmonia

13 dezembro 2010


Em Zenão se fica rouco
Mas em Bocage lhes faço loucos!


Falta nada neste povo
Que crê faltar dinheiro
Falta nada n’universo
E a ganância o alcança primeiro

Onde está a gema deste ovo?
Que de burrice há em nímio!
Está aonde não há inteligência do homem
Que ainda não conhece o Grande Cítio.

Não há mais tanto tempo
De pensar em mil desejos
Que volte às leis do cosmos
E a valorizar além do Tejo.

Onde está o heroísmo
De quem vive nesta guerra?
A melhor coisa a fazer
É a Lucidez do Estoísmo!


Stênio Santos

Hey ho, Vamos lá


Sexo, bebidas e rock
Faça mais que isso
acorde da sua inutilidade imprestável.

Tenha prazer,
Seja livre
Se prenda a atitude de tentar mudar o mundo
Você não vai conseguir.

Sabe o que há de errado?
É esse seu carro importado
Pensando em corpo sarado
Nem se preocupa em ter comida no prato

É na zona norte que você faz falta
E você ainda está aqui?
Esqueça as marcas da luxúria
Salve quem precisa de ajuda

Nada resolve o problema
Vim ao mundo pra te falar o que está errado
E sei que não vai resolver
Mas sabe de quem estou rindo?
De você!


STÊNIO SANTOS

Doce mal

10 novembro 2010


Já quis o doce mais puro
E morri por o tê-lo
Não te tenho mais nos pelos
E agora pago meus juros

Aqui tenho as batidas
E peco com meus olhos
Sempre abuso dos óleos
Tragam logo as biritas

Sempre possuídas
Por um Grande Otelo
Que não deixa se indagar

Dá-m’o doce puro
E farei mais belo
Do que o Quindim de Iaiá

Noite e chuva de uva

09 novembro 2010

Noite
Chuva
E bebida de uva

Moda sertaneja também acaba com a cevada
Droga! Minha moto está parada
Será que alguém além de mim te beija?

Pessoas estranhas
Que entre si são almas gêmeas
Mal sabem elas
Que pelas caladas das noites embriagadas
Podem ser mortas pelas entranhas

Acabou a cevada
Aqui não existe o ópio
E sem bebida de uva: MORRO e mato os estranhos
Imaginem, não é ódio.

Hemistíquio no carro

29 outubro 2010

Esta luz de quem te ofusca
Não é de um Voyage         
Que te levará na viagem,
Mas de um bom Fusca

E vem quente o velho Fusca
Quem disse que Opala
Mais que rápido se embala
Não viu quem te busca

Mais novo que o T
Mas venho a amar-te
Com este que te chamusca

Desdenho de um Miura
Deixei de lado a cesura
Tire a saia justa!

15 maio 2010

DEPOIS DO DECORRER DA CRÔNICA


 - Que calor!!!
É assim que o garoto acredita que se deve começar uma crônica. Leu em uma outra crônica de Machado de Assis, um autor do qual nunca leu nenhuma obra literária a não ser a qual o garoto acaba de descrever, que diz em que os escritores de crônicas sempre começam uma crônica com uma frase curta exclamativa referindo-se ao quão quente se encontra o tempo. Pois bem, como estava quente mesmo naquele dia apesar de ter chovido, estava na verdade abafado, mas uniu-se a falta do que fazer e a lembrança da crônica do autor que nunca leu uma outra obra, continuou por assim a redigir. Achava interessante poder dizer a si mesmo que estava escrevendo uma crônica, e mesmo sem um tema concreto continuava escrevendo e vendo que não mudava muita cousa, sempre voltava a praticamente o começo do texto.
 - Ligo o ar?
Até parece, ligar o ar que respira? Incluiu o jovem a simples frase apenas para dar continuidade ao texto, mas na verdade achava melhor ligar o ar, mas não o ar - ar, e sim o ar-condicionado. Acabou por ligar o maldito aparelho. Bem o aparelho pode ser bendito também, mas neste caso ele pensou que era bendito mesmo. Agora sente frio. Torna-se maldito, mas seria bendito se tivesse pensado em bendito e maldito antes de ligar o ar.
 - Mas e o fim?
Tentava deixar o texto mais complexo, tentava recordar-se melhor doutra crônica, aquela da qual o tinha motivado a escrever esta da qual falamos, mas lembrava somente do principal assunto, que Machado explicava apenas como deve começar uma crônica, mas e para terminar?
O rapaz já cansado dessa ladainha de calor, que já estava desmotivando o leitor, mas que tambem não desanimava o autor, resolveu por enfim o fim na maldita ou bendita crônica. Assim o fez.
...
 - Puxa! Como penou o coitado! - pensou Machado.



STÊNIO SANTOS

Sim Assim

16 março 2010

Acordo,
Como,
Tomo,
Então me desperto.

Corro,
Acelero,
Vôo,
E me desespero.

Ligo,
Escrevo,
E te espero.

Trabalho,
As vezes não tão árduo
Mas trabalho.
E me atrapalho.

Assim venho,
sonho e pesadelo
Essa vida está palhaça
Pior que picadeiro.

As vezes nem eu me tenho
E muito menos sequer
eu mesmo me intendo.


STENIO SANTOS
10/03/2010

Assim

 

Assim meus dias são.

Só se tornam úteis quando tenho voce neles, quando não, como na maioria dos ultimos são fúteis e sem graça alguma, então fico louco, me corrôo.

Tem faltado partes de mim, porque quando "não estas aqui, eu sinto falta de mim mesmo".

Não nego, sou nêgo e sinto falta do seu corpo, pele e cheiro.

As vezes tenho coragem e tento gritar que se dane, dá pra viver assim, mas não consigo me enganar, tenho medo, me sinto só, o coração dói, fica apertado, e não consigo falar nada, só o que saem são lágrimas, e isto já está comum pra mim, não a forma da nossa convivencia, mas estou na verdade me acostumando a continuar sofrendo, logo, que se dane isso, não ligo que vou continuar sofrendo, sei que lá na frente vou te ter realmente pra mim como minha, e como seu.

Não adiantou. O mundo deu voltas e estamos juntos, é mais facil esperar essas poucas voltas que faltam do que todas as que já se passaram, mesmo se tivesse que esperar tudo novamente eu iria esperar.  Trabalha, estuda e ora. É completa e me completa.

 

Chega de redundancias.



Coloque sua foto num tema anos 60, 70 e 80. Conheça o novo site de I Love Messenger.

Bundinha

Muitos vem até aqui por falta do que fazer, e outros escrevem aqui por falta do que fazer.
Qual seria o parodoxo? Antítese?
Que se foda! Quem se preocupa com isso?
Nesta sociedade alienada poucos fazem a diferença e poucos fazem falta. Até mesmo para suas mães sujas que preferem não ver seus filhos nesta situação, ou preferem e acham que são "estudados". Grande ironia. Usam drogas e fingem de bonzinhos, as vezes tiram boas notas usam como artificio. Se acham livres? Filosoficamente seria livre cada um cuidar da sua, seria livre sem leis, sem religiões, ser livre apenas se fosse um nada.